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Proteína pode explicar porque algumas pessoas queimam menos gordura do que as outras

Pesquisa feita com camundongos descobriu que carência da proteína p62 prejudica a atividade da "gordura boa" e torna os roedores obesos.

Foto: Atleta Raffa "Cabo Frio" - IFBB

A equação para perder peso é simples: basta gastar mais calorias do que se consome. Algumas vezes, no entanto, a prática de exercícios parece não surtir efeitos na queima de calorias.

Diante disso, pesquisadores da Alemanha desenvolveram um estudo para entender por que esse 'defeito' ocorre no organismo de algumas pessoas — e as conclusões apontaram para um culpado: a falta de uma proteína chamada p62. Segundo os cientistas, a carência dessa substância no tecido adiposo afeta o equilíbrio do metabolismo, fazendo com que o nosso corpo passe a armazenar mais gordura e a queimá-la menos do que o normal.

A descoberta, eles acreditam, pode abrir caminho para novos tratamentos contra a obesidade.

A pesquisa, feita na Universidade Técnica de Munique e publicada nesta semana no periódico The Journal of Clinical Investigation, é a continuação de um estudo feito anteriormente pela mesma equipe de especialistas, coordenada por Jorge Moscat. Nesse primeiro trabalho, o grupo fez com que camundongos de laboratório não apresentassem nenhuma quantidade da proteína p62 e, como resultado disso, todos os animais passaram a ser obesos, a sofrer de síndrome metabólica e diabetes. Além disso, em comparação com camundongos que apresentavam a proteína, gastavam menos calorias e eram mais pesados.

Os pesquisadores, então, realizaram uma nova pesquisa para buscar entender o motivo pelo qual a falta dessa proteína desencadeava a obesidade. Para isso, eles fizeram com que os camundongos apresentassem falta da proteína p62 em diferentes órgãos. Um dos animais, por exemplo, somente carecia da substância no fígado; outro no músculo; e assim por diante. Os resultados indicaram que a falta da proteína somente causa obesidade caso ocorra no tecido adiposo.

Função: A partir dessa descoberta, então, a equipe passou a estudar apenas roedores que não possuíam a proteína no tecido adiposo. Os pesquisadores descobriram que a proteína p62 é responsável por regular o gasto de energia pelo metabolismo, já que ela controla a atividade do tecido adiposo marrom, também conhecido como a 'gordura boa'.

O tecido adiposo de uma pessoa é constituído por dois tipos de gordura: a branca e a marrom — esta última, por liberar energia excedente do corpo, e não acumulá-la, é considerada uma possível aliada contra obesidade e outras doenças relacionadas ao problema. A falta da proteína p62, portanto, desregula a atividade desse tecido e faz com que mais gordura seja acumulada e menos, liberada.

Para os autores da pesquisa, esses resultados são animadores pois, segundo eles, o tecido de gordura é "muito mais acessível" do que o de outras partes do corpo, o que torna a proteína p62 um possível alvo para novas terapias contra a obesidade.

Foto:
ATLETA: Raffa "Cabo Frio" - IFBB
www.facebook.com/raffacabofrio.page

Fonte:
Revista Veja São Paulo

Veja a Pesquisa Original
Título original: p62 Links β-adrenergic input to mitochondrial function and thermogenesis

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